Não importa quanto tempo se passe. As lembranças vão permanecer muito vivas como se fosse a um segundo atrás.
Aprendi que nessa vida de altos e baixo, levamos apenas momentos, e cabe a nós fazer o melhor com eles.
Sérgio Ojeda, meu tio querido, viveu intensamente diferentes fases de sua vida como faria qualquer pessoa apaixonada pelos amigos, família e as simplicidades do cotidiano e do aconchego do lar.
Redescobri meu tio quando cheguei na casa dos vinte anos, e desde então foi mais que um tio, foi um irmão mais velho, e por vezes também fez o papel do caçula, tornou-se um dos meus melhores amigos. Também foi e continuará sendo um dos padrinhos da minha primogênita. Meu compadre.
Era um cara brincalhão e de bom humor em sua totalidade, mas também tinha seus dias de mau humor obviamente. Era cabeça dura, precisava do tempo dele pra assimilar as coisas, mas entendia ao seu modo e ao fim colaborava.
Bom vizinho, bom cidadão, disposto sempre a ajudar no que estava ao seu alcance.
Adorava festas, amava seus filhos, pais e irmãos, tios, sobrinhos, afilhada, sobrinhos netos, primos e os amigos. Vivia um dia após o outro, alguns entendiam isso por falta de ambição, ele encarava isso por intensidade de vida. A vida estaria lá, então o melhor seria viver tudo hoje, e amanhã que se repetisse.
Irmão agitador, tio da bagunça nas festas da família. Sempre brincando, fazendo piada em voz alta seguida de gargalhadas ensurdecedoras e sempre feliz em família.
Foi bom pai, carinhoso e atencioso até onde a vida permitiu devido às distâncias geográficas, destemperamentos e falta de traquejos.
Predominou a imagem de um cara que colecionava amizades, assim como seu pai, meu avô, quem faleceu a recentes dois anos antes.
A família diminui por aqui, e aumenta no céu. Mas tenho certeza que ele não gostaria que sofrêssemos tanto, tenho certeza que estará bem, e muito vivo em cada um de nós.
Que outras pessoas amadas da família que se foram, te recebam de braços e corações abertos, para preencher com amor a tua ida, assim como deixaste as nossas vidas.
Te amamos, tio!










