Aprendi a ver a beleza de uma vida monocromática
foram tantos mergulhos profundos por dias sem fim
aprendi a seguir correntezas e a retornar pra dentro de mim
Apreciava as estrelas que contavam histórias de um outro eu que perdi
segui em frente, mas os caminhos me trouxeram novamente aqui
Então uma luz acendeu, na minha sala escura
ouvi teus passos
senti você sorrindo, trazendo o sol que eu não pude mais ver
eu jurei nunca mais sentir tudo de novo
eu nunca curei as feridas das músicas que cantei
do meu farol eu vi você aprender a viver sem mim
te vi feliz, trilhando tudo que planejamos
e nunca me perdoei por eu não ter ficado ao teu lado
eu iria conseguir, mas eu precisava de um tempo que ironicamente, foi mais do que eu precisava.
Sei que você viveu, dançou, sorriu,
cantava canções de ninar e esperava alguém chegar no fim do dia
E poderia ser eu, eu queria que fosse.
Mas eu aprendi a lutar por mim, seguir, viver
e agora você reaparece, depois dos montes que escalei
das lágrimas pesadas caídas do meu olhar e passos lentos pelas ruas
Você prepara um jantar que e eu ainda sonho em chegar
cansado, com saudade e te beijar antes de um gole de vinho
eu ainda queria ser esse cara, mas a vida não parou
sei que ainda somos nós, em algum lugar lá atrás, ainda somos nós ( talvez nem tanto),
mas eu não posso pensar nesse caminho
Ainda lembro as tuas cores
da estrada e a minha fé
dos poemas com aroma de café
você sabe bem tudo que senti, e o quanto eu nos quis de volta.
Porém, o passado não recebe atualizações, e hoje somos outras pessoas. E talvez do que lembramos, não tenha ficado...nem o mesmo gosto de um café passado.

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