Hoje tropecei em suas fotos...nossas fotos.
Senti aquela nossa sinergia, prometi a mim mesmo que só olharia aquela que esbarrei por acidente. E depois disso, revirei todos os álbuns tal qual faz um quebrador de promessas.
Mergulhei num oceano de sentimentos, cada álbum de cada momento que registramos, dos grandes eventos aos dias mais simples e cheios de uma energia que só a juventude ousada e um tanto ingênua permite.
Sorri sozinho, me senti por vezes abraçado de novo, relembrei o começo e o fim de tudo, recordei detalhes esquecidos, quase chorei e fiz força para esconder de mim mesmo meus olhos marejados.
E assim como mergulhei, senti voltar meu ar ao retornar da superfície e me dar conta que eu sigo no presente moldando futuros. Feliz como estou, mas com o sentimento de quem tem ainda algo pendente a resolver...nem que fosse mais um olhar, uma conversa, mais um carinho. Sinto que a última vez que te vi, foi tão curto, efêmero, injusto, mesmo que intenso (talvez só para mim).
E por fim, uma dor no peito passou a me incomodar, é como se eu tivesse acabado de quase me acidentar, e uma adrenalina e medo me envolvessem a ponto de me deixar nervoso. É estranho depois de tanto tempo. De tantas vidas, de tanto na vida. Sei que está feliz, eu também estou. Mas sabe... é como se eu tivesse ainda que confirmar de fato.
A nostalgia por si só já dói, mas a nostalgia de uma paixão é cruel, pois a gente revive não só boas memórias, mas os sentimentos da época com suas devidas frustrações e inseguranças.
Mas é interessante ver que tudo manteve seu curso, que tudo que imaginávamos não ocorreu como prevíamos, mas quem sabe foi melhor assim. A vida reescreveu o roteiro.
Nós conseguimos tudo o que planejamos, mas cada um no seu tempo e no seu canto.